Ao contrário do
que sucedia no tempo de António José Seguro, em que era seguro que o PS iria
ganhar as próximas eleições legislativas, hoje, com António Costa, todas as
apostas são possíveis em relação ao próximo resultado eleitoral. A explicação
para isso é simples. Seguro tinha tido o cuidado elementar de romper com o
passado de Sócrates, enquanto que Costa assumiu, quando se candidatou,
querer reabilitar esse passado. Foi esse o objectivo principal da sua
candidatura, e daí o apoio total dos socráticos do PS, que Costa fez questão
de voltar a chamar, mal assumiu o cargo. Hoje parece evidente que a
candidatura de Costa no PS era especialmente uma forma de
lançar Sócrates para Belém, o que os socráticos sabiam que com Seguro
seria completamente impossível. [...]
[...] A única hipótese
de o PS ganhar as eleições era romper com o passado e apresentar um conjunto de
rostos completamente desconhecidos do eleitorado. António Costa foi buscar
velhos rostos e acha que está a regressar ao combate político de há vinte anos.
António Costa é um caso perdido, e vai arrastar o PS com ele.
Luís Menezes Leitão in
"Syntagma"
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