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Frase é vocábulo definido de
várias maneiras. Simplificando, prática que é sempre salutar, diremos
ser a sequência de palavras capaz de fazer uma afirmação, pôr uma questão ou
dar uma ordem, usualmente com sujeito, predicado e verbo.
Naturalmente, há frases e
frases: as grandiloquentes, como "É tempo de dar um estrondoso
murro na mesa"; e as miniloquentes, como "José foi preso".
Fraseologia é o ramo da epistemologia
que estuda a frase, matéria complexa porque integra contextos diversos, alguns
contraditórios. Assim, diz-se "falar sem frases" para quem diz apenas
o necessário; "fazer frases", para o estilo empolado e oco; ou "frase
feita" para a consagrada pelo uso ad
nauseam.
A que respeito vem esta prosa?—perguntar-se-á.
Vem a propósito do facto da frase poder ter importância, mas apenas temporal. Isto é,
há frases felizes hoje, esta semana, este mês, mas com horizonte limitado, tornando-se
incompreensíveis amanhã, para a semana, ou para o mês que vem. A Universidade
de Chicago tem mesmo um site—"Writing Program courses"—com uma entrada
para Sentences of the Week. E é dessas frases que começo hoje a
ocupar-me, depois de ler uma que, apesar de ainda ser Terça-Feira, vai ser,
seguramente, a desta semana.
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