Acabo de ler na revista do "Expresso"—já um
nadinha requentada—notícias das botas Gucci® do Zezito. Ali se diz que
continuam na posse do 44, pois os advogados apresentaram um recurso para o
seu constituinte não ficar descalço, o que nos parece bem.
São dois pares. O primeiro terá entrado pelo seu pé,
neste caso o pé do Zezito, que é o seu (da bota) naturalmente. Está correcto—o homem
ia assim calçado e assim continuou. Em relação ao segundo é que a porca torce o
rabo. Como foi lá parar? Ninguém sabe!
Leio que os guardas prisionais têm estado a ser interrogados,
numa investigação complexa para deslindar a charada, mas nada! Não há quem
perceba como as botas lá apareceram.
Seguramente, não nasceram lá porque conceber botas daquele
quilate não é mister para uma cadeia. São botas fabricadas talvez em Milão,
Paris ou Vilar de Maçada; nunca no Estabelecimento Prisional de Évora!
Seguramente, foram contrabandeadas do exterior. Mas
como?!!!
Há várias versões, embora eu suspeite como lá chegaram:
foi o Dr. Soares que as levou calçadas quando visitou o Zezito. Na cela,
aproveitando a confusão da hora da visita, trocou as botas pelos chinelos de
quarto do Zezito e assim saiu da cadeia, sem que ninguém reparasse nos chinelos
acalcanhados que arrastava porque o 44 tem um pezito mais delicado que o
Senador.
O Dr. Soares escapou à Justiça depois de fazer ameaças de
morte pouco veladas ao Dr. Cavaco e ao juiz Carlos Alexandre, mas se se vem a
provar que foi ele a levar o segundo par de botas ao Zezito, as coisas vão
complicar-se. Ameaças de tiros de carabina da ética republicana, vá que não vá.
Mas traficar botas de cano curto para um estabelecimento prisional é grave.
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