quarta-feira, 3 de março de 2010
EM FORMOL OU EMBALSAMADO?
Um artigo de Sarah Lyall, publicado no New York Times e intitulado “Not Being Labour May Not Be Enough, Tories Find”, começa assim, aproximadamente:
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Há um ano, parecia que as próximas eleições britânicas seriam uma derrocada fácil. A oposição conservadora estava à frente nas sondagens por mais de 20 pontos percentuais. O primeiro-ministro era largamente impopular, a economia um enorme desastre e o Governo, por vezes, parecia uma massa caótica.
Desde então, no que pode constituir um aviso de prudência para os republicanos em Washington, o líder do Partido Conservador, David Cameron, constatou que não é suficiente sentar-se, relaxar e esperar que o governo se coma a si próprio. Com uma eleição a apenas alguns meses,o Sr. Cameron verifica que a sua liderança se volatiliza continuamente e que, apesar dos melhores esforços, o eleitorado ainda parece inseguro sobre o que representa o seu partido ou o que tenciona fazer exactamente.
"Ninguém sabe que políticas o Partido Conservador iria pôr em execução e o que faria no governo," disse Anthony Wells, diretor associado da YouGov, cuja sondagem mais recente mostra os conservadores à frente do Partido Trabalhista... "Fizeram muitos anúncios sobre pequena política, mas nenhuma declaração global sobre a sua linha.
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A oposição sem ideias, sem imaginação, abúlica e sem chama, não conquista o poder (digo). Espera que este lhe caia no colo por força do adiantado estado de putrefacção do governo em exercício. Em Portugal é sempre assim. A Primeira República caiu podre, o Estado Novo também, os governos subsequentes ao vinte e cinco barra quatro idem, e o actual só não caiu ainda porque está em banho de formol. Mas tem já a cor acinzentada dos corpos do teatro anatómico.
Ou alguém manda o artigo de Sarah Lyall para a sede do PSD, ou alguém tira o taco da pia do formol onde o governo se banha.
O melhor será fazer as duas coisas, penso eu.
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