quinta-feira, 4 de março de 2010

O MEIO DO FIM

Em entrevista ao Diário Económico, Vasco Pulido Valente disse: “O PSD precisa de ideias e de um programa”. Quem não sabia já isso? Todos sabiam, incluindo o PSD. É dos livros - ainda ontem se falava aqui do Reino Unido, onde os conservadores estão também à espera que a natureza, a gripe suína, ou uma praga de gafanhotos, deite abaixo os trabalhistas.
O problema são as guerras intestinas no PSD, onde ninguém tem tempo para pensar na política nacional. É preciso estar a par dos movimentos dos adversários, mover influências nas distritais e concelhias, junto dos autarcas, junto dos media, blá, blá, blá, e o País logo se vê. No máximo, ajuda-se a atrapalhar Sócrates, abanando a corda bamba onde se equilibra – mal! Isto arrasta-se há meses, ou anos! Os manjericos laranjas querem o partido para chegar ao poder sem perceber que desta maneira, quando tiverem o partido, não chegam a lado nenhum.

A situação traduz falta de estatura política dos dirigentes, e candidatos a dirigentes do partido, protagonistas de uma peça digna da eleição dos corpos sociais do Clube de Futebol de Alguidares de Baixo, sem ofensa para o clube de Alguidares de Baixo.
Ou os miltantes mais influentes do PSD acabam com políticas pindéricas de associação de bairro, ou vamos assistir à belenização do partido, como se diz em linguagem futebolística.

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