terça-feira, 4 de maio de 2010
CLUB MED
A experiência do FMI nos programas de austeridade, da Tailândia, Indonésia e México, até à Lituânia, Roménia e Hungria, é a de que os povos são surpreendentemente receptivos a aceitar sacrifícios quando os governos ficam sem dinheiro.
Valdis Dombrovskis, Primeiro-Ministro da Lituânia, declarava na Sexta-Feira em Munique que as verdadeiras reformas começam quando o dinheiro dos governos acaba. E Dombrovskis sabe do que fala porque em dois anos reduziu o défice das contas de 20% para 8% do PIB, ao eliminar 30% dos empregos públicos e 25% dos ordenados dos funcionários. É cerca de cinco vezes o ritmo que se pede à Grécia.
Mas, apesar da Grécia ter por agora escapado à bancarrota com a ajuda de 110.000 milhões de euros do FMI e da UE, as suas obrigações do tesouro continuam a ser lixo e não estão excluídas outras crises semelhantes na eurozona. Países como Portugal, embora sem a dívida dos gregos, é um sério risco para os credores e potencial candidato a problemas de fundos estilo grego, para não falar da Espanha.
Depois de toda a controvérsia na Alemanha sobre a ajuda aos esbanjadores helénicos, os políticos alemães não podem sequer admitir outro encargo com Portugal e muito menos um, cinco a dez vezes maior, com a Espanha. O Club Med pode tirar o cavalinho da chuva com respeito a mais esquemas chupistas dos contribuintes germânicos.
Resumo do artigo Fingers on the button at the ECB
por Anatole Kaletsky, In The Times
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