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De acordo com os achados de fósseis, o homem de Neandertal terá aparecido há cerca de 400.000 anos, resultado da mutação de uma criatura que originou, por um lado, o Homo sapiens – nosso antepassado – e, por outro, o Homo neanderthalensis (ver esquema). Habitou a Ásia Ocidental e a Europa (ver mapa) e terá desaparecido, vítima da selecção natural, há 30.000 anos. Era muito parecido connosco, embora mais corpulento, com ante-braços e pernas mais curtas, crânio maior e arcadas supraciliares salientes, como os macacos. Conviveu com o Homo sapiens, mesmo aqui em Portugal, e tinha cultura desenvolvida - construía sepulturas e usava ferramentas mais ou menos elaboradas.
Tem sido objecto de muita controvérsia, nomeadamente se terá acasalado com o H. sapiens, originando mestiços, se assim se podem chamar.
A revista Science, como ontem aqui se referiu, traz hoje um artigo, que faz a capa do número de 7 de Maio, sobre a matéria. O Professor Svante Pääbo, do Instituto Max-Planck de Antropologia, foi o coordenador do trabalho de investigação sobre o ADN do H. neanderthalensis recolhido no pó de três ossos encontrados na caverna de Vindija, na Croácia, comparando-o com o ADN de cinco homens actuais da Europa, Ásia e África.
Conclusões importantes são as seguintes: 1% a 4% do genoma do homem actual, é do homem de Neandertal, o que significa que houve acasalamentos e reprodução mista; a semelhança com o homem de hoje verifica-se na Europa, mas não em África, provavelmente porque o cruzamento só terá ocorrido depois da saida do H. sapiens de África para a Eurásia.
Passo a passo, vai-se reconstituindo a árvore genealógica humana e percebendo melhor a nossa origem – de onde viemos. Falta-nos saber para onde vamos.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
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