Em 18 de Maio, a Agência Espacial Japonesa (JAXA) lançará da ilha de Tanegashima um foguetão Mitsubishi H-IIA que transporta o satélite Ikaro. Depois de algumas semanas a estabilizar fora da atmosfera, o satélite libertará uma “vela” quadrada, com cerca de 20 metros de lado e espessura inferior a um cabelo humano. É aqui que reside a novidade: esta “vela”, se tudo correr como previsto, irá propulsionar o satélite em direcção a Vénus, utilizando a força do “vento” solar. Tal “vento”, assim chamado por analogia com o ar que empurra as velas dos navios e moinhos, é a energia do impacto dos fotões solares na estrutura propulsora do satélite. É a primeira vez que tal vai ser experimentado.
Considerando a quase nula massa da “vela”, a sua grande superfície, e a ausência de resistência à progressão, acredita-se que vai funcionar. Saliente-se que não se trata de energia fotovoltaica. Será a energia cinética dos fotões que propulsionará a nave. Adicionalmente, contudo, haverá células fotovoltaicas para gerar electricidade para os aparelhos do satélite, incluindo pequenos jactos para direccionar a navegação.
Uma maravilha!
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