terça-feira, 10 de julho de 2012

PASSA O TEMPO A CORRER?



Todos dizemos, a partir de certa idade, que o tempo passa mais depressa. Não exactamente isso, mas que parece passar mais depressa.  A ideia tem sido objecto de estudos vários e há mesmo um artolas, o biólogo Robert Sothern, que há 45 anos se avalia a ele próprio e 5 (cinco!!!) vezes por dia mede a temperatura, a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e o tempo que lhe parece a ele, subjectivamente, um minuto. Nunca falha um dia, nem nas férias. Além de ainda não ter ido preso, as conclusões não são muitas.
Claudia Hammond é psicóloga e tem-se dedicado ao estudo da percepção do tempo. Diz ela que, tudo visto e respigado, a ideia da passagem rápida do tempo a partir da meia idade é um mito. Talvez relativo, mas um mito. O cálculo de um minuto, de uma hora, de um dia até, será pouco influenciado pela idade. O fenómeno dirá apenas respeito aos meses e anos. Parte da razão, segundo Claudia, é o facto de a idade fazer diminuir a frequência de experiências novas e trazer mais rotinas. O caminho mais liso e suave encurta a distância, se quisermos usar uma metáfora.
Não digo nada, mas acho que o tempo está a passar na brasa neste momento. Já fiz os testes da Claudia (que pode fazer aqui) e não dei uma para a caixa. Experimente o leitor, se não for muito novo.
Sabe que o acidente de Chernobyl foi há 26 anos! E a queda do muro de Berlim há quase 23!
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