domingo, 1 de julho de 2012

UM JARDIM INSULAR

.
Ontem falava eu de constantes portuguesas, em tudo de constância superior às constantes físicas, incluindo a de Max Planck, e hoje encontro nas notícias uma das mais importantes novas desta Pátria a um tempo continental e a outro insular: uma das mais rigorosas constantes lusas, o ímpar Dr. Alberto João, falou.
Foi num almoço. Os jornais não informam se falou português ou escocês mas, dado o teor do discurso, vou para o lado de que terá sido escocês.
O líder insular, à entrada para o supracitado jantar, eructou um naco de filosofia política que arrasou os jornalista presentes primeiro e o mundo depois: "A Madeira não deve andar sujeita a imposições de outras pessoas. A Madeira, como qualquer cidadão livre no mundo e como é direito da comunidade internacional democrática, se houver dúvidas em Lisboa sobre isto, se não se chegar a acordo, acho que deve haver um referendo".  Descontando a sintaxe de cabo de esquadra, o pensamento é um brinco, só comparável aos brincos de Cavaco de Boliqueime.
Mas Alberto João disse mais!  "Entendemos que devem ficar cinco pontos que são competência da República: Direitos, Liberdades e Garantias, política externa, a defesa nacional e segurança interna, tribunais de recurso e regime de segurança social. Fora disto, entendemos que tudo tem que ser connosco". Tal e qual!
Não posso estar mais de acordo com a constante Alberto João.  O sexto ponto, qual é o de pagar as dívidas paridas pela autonomia, deixa assim de ser da nossa responsabilidade! Aplausos por favor. Os calotes de Alberto João passam a fazer parte do tudo que tem de ser com eles.
Alberto João é um iluminado, talvez o único representante vivo do Iluminismo. Portugal tem dever e obrigação de preservar, acarinhar e apaparicar um fóssil assim.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário