A Filosofia evolui e tem várias faces—há peças de modernos filósofos, muitos homens de ciência, que se apreciam porque claras e inteligentes. E há outras.
Por exemplo, esta passagem de um consagrado filósofo
francês morto em 1995, Gilles Deleuze: "Um homem exausto é muito mais que um homem cansado. Exausta o possível
porque está ele próprio exausto, ou está exausto porque exaustou o possível? Exausta-se
por exaustar o possível e inversamente."
Perceberam? Eu também não. Mas não estamos sozinhos. O
professor de Física da Universidade de Nova Iorque Alan Sokal, e o seu colega
da Universidade de Lovaina Jean Bricmont escreveram um livro em 1997, com o título esclarecedor
de ''Intellectual Impostures", onde também confessam humildemente que não
percebem. Estamos bem acompanhados.
Falo nisto porque fiquei perplexo quando encontrei o
pensamento de Deleuze—investiguei, e
tranquilizei. Quanto há disto por esse mundo fora? Provavelmente muito. Basta
ir às exposições no Museu da Electricidade ali ao pé do rio para encontrar
exemplos. Vai o rei nu? Às vezes!
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