Falava eu, há
cerca de quatro semanas, do colega do Marreta, de seu nome Espertalhão. Havia a
besta sido encontrada e entregue ao legítimo proprietário, Manuel Farinhoto,
criador de proteína animal em Perre—Viana do Castelo—há mais de 50 anos. Farinhoto andava exausto
com as sucessivas contrariedades criadas pelo Marreta e pelo Espertalhão, tendo
decidido mudar de ramo e passar a criar uva e produzir vinho. Por isso, a vida
do Espertalhão estava em risco, sob a ameaça do cutelo do carrasco do matadouro
municipal.
O animal estava
magrote depois de três meses a monte, quiçá com alguma namorada pelo meio, e a
balança do matadouro só achou 280 quilogramas no bicho. Pouco para a sua
envergadura, mas Farinhoto nem assim hesitou: a quatro euros cada quilograma, arrecadou
1.120 euros, 224 contos em moeda antiga.
Quanto ao Marreta, comprado pela associação "SOS Equinos",
sedeada na Palhaça, continua a não haver rasto dele. Mas com esse não está
Farinhoto preocupado. Os artolas da Palhaça que o procurem.
Eh, eh, eh...
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