A vida nos planetas só é viável se a temperatura ambiente permitir a existência de água no estado líquido—se for muito alta, transforma-a em vapor, se muito baixa, em gelo. A Terra está em boas condições, pois fica incluída em espaço habitável que tem um limite interno—mais próximo do Sol—e outro externo, mais afastado. É como o espaço entre duas esferas ocas e concêntricas.
Mas a zona habitável vai-se deslocando: à medida que o
tempo passa, os seus limites afastam-se do Sol e chegará o dia em que a Terra
ficará fora. A partir daí, a vida
desaparece no planeta. O movimento de
expansão da zona habitável tem a velocidade aproximada de um metro por ano,
dizem estudos recentes. Feitas as contas, a Terra fica fora, do lado interno da
zona, dentro de 1,75 mil milhões de anos—um pouco mais, segundo parece, do que
se estimava até aqui (mil milhões de anos).
Poderá pensar-se que, nessas condições, a vida se tornará
viável em planetas do Sistema Solar mais afastados do Sol. O problema é que a
viabilidade não depende só da temperatura, mas também do tipo de atmosfera e
outras características geológicas. Diz um dos autores (Mark Claire) do recente artigo sobre a
matéria, publicado na revista "Astrobiology" e abundantemente citado
na imprensa mundial: "If humans are going to be around in a billion years, I
would certainly imagine that they would be living on Mars".
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