Avram Chomsky é judeu, professor de linguística no Massachusetts Institute of Technology e defensor de ideias originais sobre a linguagem.
Há séculos é ponto assente que as línguas são todas diferentes
ou, dito de outro modo, cada língua é única e terá sido criada através da
experiência acumulada e transmitida aos descendentes, com regras próprias, independentes
de todas as outras. A capacidade de as usar é fruto exclusivo da aprendizagem—serão
absorvidas passivamente do meio sem qualquer participação de quem as usa, cada
uma com a sua gramática.
Chomsky não pensa assim. Independentemente das diferenças
notórias entre elas, há um fio condutor comum em todas, fruto de capacidade
mental do homem, cujo cérebro nasce com "regras gramaticais"
congénitas. A linguagem será assim a expressão de uma potencialidade inata,
posteriormente desenvolvida e moldada pela cultura. Por isso, haverá uma gramática universal
que se encontra em todas as línguas. A aprendizagem—com as diversas diferenças—é
feita em cima dessa capacidade da espécie. Somos o único ser que tem
parlamentos porque não é da nossa natureza estar calados (digo eu, não Chomsky).
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