A sanha fiscal do Governo é um monumento à falta de pudor, de senso e de vergonha. Digo isto porque, na factura da electricidade que consumimos, pagamos de forma compulsiva a chamada taxa audiovisual para sustentar serviços que, além de podermos inclusivamente não utilizar, são uma trampa de baixa qualidade e mau gosto. E quem tem mais do que um local de consumo, por cada local paga uma taxa, embora não tenha direito a diferentes trampas de baixa qualidade e mau gosto. É verdade—paga a dobrar, a triplicar, a quadruplicar e por aí fora; mas a trampa é sempre a mesma.
O espantoso é que, sobre os 2,25 euros da referida
taxa, incide outro imposto! Pagamos mais 6% de IVA. Isto é, o cidadão é taxado
compulsivamente por um serviço medíocre mesmo que não o utilize—o que
sem ser jurista me parece configurar um imposto mal amanhado—e depois, ficando insatisfeito
o apetite voraz do fisco, paga outro, neste caso o IVA, sobre o valor
do primeiro.
Já agora, sugiro ao Ministério das Finanças a introdução
de mais um: por exemplo do selo. E porque não sobre manifestação exterior
de riqueza?
Que mais irá nos acontecer?
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