sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MERDE À GRANDE VITESSE

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António Costa levou ontem um recado caricato de Pires de Lima. O ministro foi ridículo mas, pelo que se ouve e lê, não está muito preocupado com o facto. Certo é que pôs o dedo na ferida. Costa fala, fala e não diz nada—só promessas vagas, quase tão vagas como as vagas de 15 metros de que tanto fala o Dr. Soares depois de ler em diagonal o livro  de Stephen Emmott que muito apreciou.
Costa é especialista em ideias gerais. De detalhes não fala, porque o detalhe está implícito no geral. Costa segue religiosamente a norma de ir do geral para o particular como mandam as regras. Cada coisa a seu tempo. Costa é mais do tipo Agenda para a Década ou, melhor ainda, para o Século, se não mesmo para o Milénio.
Enquanto a direita não enxerga além de Xabregas e está prisioneira de coisas mesquinhas como a forma de pagar as dívidas, Costa chega até à Andrómeda e ferra o calote. Alguém há-de pagar é o lema de todo o genuíno socialista que Costa respeita.
Com Costa não vamos ter um aeroporto novo em Alcochete, não senhor—vamos ter um na Bica e outro no Casal Ventoso; e ainda um Train à Grande Vitesse para Madrid e outro para a Ilha do Pico. Ganda Costa! Onde andavas tu? Porque apareces só agora? 
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