quinta-feira, 21 de maio de 2015

O RATO QUE RÓI A ROLHA DA GARRAFA DO REI DA RÚSSIA

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O rato, inimigo bíblico do homem, nunca se deixou vencer por ele. Mostra a experiência que se em determinado local não se extermina pelo menos 96% da sua população, dentro de um ano a situação é igual à que se observava antes da operação de limpeza.
Em determinados ecossistemas, o comportamento do rato é devastador. A maior biodiversidade do planeta observa-se em ilhas onde os mamíferos predadores não existem, ou não existiam antes do homem ter levado o rato para lá. Depois foi o desastre. Ovos de répteis e aves devorados e as próprias aves e tartarugas bebé comidas vivas. Os ratos são responsáveis por metade da extinção de aves e répteis nas ilhas do planeta azul. 
Para não falar da transmissão de doenças, como a peste do Século XIV, ex-libris da rataria—60% da população da Europa de pernas para o ar!
Observações recentes mostram que os ratos têm grande capacidade de improvisar na busca de alimento. Já foram encontrados a nadar nas águas do Rio Hudson para comer peixes e lixo—predadores anfíbios, vejam lá!
Vivem nos mais recônditos e inesperados locais, cavando túneis em sítios inimagináveis e é inútil barrar-lhes o caminho porque encontram sempre outra saída, nem que seja na sanita da sua casa.
E são desconfiados prudentes. Depois de assistirem à execução de um semelhante numa daquelas ratoeiras muito bem imaginadas pelo Homo sapiens, nunca mais lá caem, mesmo que o isco seja queijo suíço ou ovas de caviar do Mar Cáspio. O melhor veneno é um anticoagulante—que só mata ao fim de alguns dias—porque, embora espertalhões, não conseguem relacionar o veículo do anticoagulante que comeram com a morte dos fenecidos, provavelmente—digo eu—considerando-a natural. Nunca vi nenhuma certidão de óbito passada a esses defuntos pelo rato-médico e por isso não sei.
Mas o suprassumo da sofisticação no combate ao rato está em curso neste momento. Inclui engenharia genética e consiste em criar ratos com descendência constituída exclusivamente por machos. Depois de libertados no habitat natural, ao fim de algumas gerações só há ratos solteiros, sem noiva possível—não há ratas, literalmente. É o fim da linha murina. Malandrice!...
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Se quiser ler um artigo escrito a sério sobre os ratos, clique aqui. Mas olhe que eu não inventei nada—vem lá tudo!
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