Sei
que acha a "Autoridade Tributária e
Aduaneira" um grupo de malfeitores que lhe leva quase tudo que consegue amealhar,
trabalhando como um galego. Tem razão—também me queixo, embora não trabalhe agora
tanto. Mas há—e já houve—pior! Quando?!!! Olhe, no ano 98 Antes de Cristo, veja lá!
A imagem em cima é uma
peça de barro com dizeres que estão agora a ser decifrados na Universidade de McGill,
em Montreal. E sabe o que é aquilo? Um recibo das Finanças, com data de 22 de
Julho do ano referido, relativo ao imposto sobre a transmissão dum terreno,
imposto que importou em 90 talentos (não talentos como o do Zezito ou do amigo
Santos Silva, mas talentos/dinheiro—mais ou menos parecidos). E para ficar
melhor esclarecido, digo-lhe que cada talento valia 6.000 dracmas, ou seja, pagaram 540.000 dracmas. Como a maior moeda era de 40 dracmas, foram precisas,
pelo menos, 13.500 moedas, com peso superior a 100 Kg. (Não havia Multibanco
naquela época!). Foi tudo para um banco na cidade de Luxor, mas a notícia é
omissa sobre que banco era—presumo que ainda não existia o BES.
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