O cultivador contemporâneo de transgénicos pode estar confiante em que um pé de milho com um gene extra continua a ser um pé de milho.
In “Mendel na Cozinha)
Os alimentos modificados geneticamente são um pomo de discórdia na sociedade actual. Por um lado, os que vêem neles o caminho para combater a subnutrição nos países do terceiro mundo. Por outro, os que receiam as consequências do seu consumo pela razão simples que refiro ainda mais simplesmente: teme-se que a ingestão de genes introduzidos nas plantas que comemos, e que habitualmente não estão lá, leve à sua inclusão nos nossos cromossomas, podendo ser causa de doenças, incluindo o cancro, e ao aparecimento de bactérias no intestino resistentes a antibióticos, resistência hipoteticamente transmissível a outros microorganismos que provocam doença no homem, como o bacilo da tuberculose. É o que os geneticistas chamam de transmissão horizontal de genes, em oposição à transmissão vertical, a observada de pais para filhos.
Ninguém pode afirmar categoricamente que tais coisas não podem acontecer, nem que acontecem. Mas a probabilidade é infinitamente pequena no caso afirmativo.
É um problema para avaliar a relação risco/benefício e aqui é que as opiniões se dividem: americanos a favor e europeus contra.
Sei que é maçudo e um pouco difícil fazê-lo, mas vale a pena ler o capítulo sobre a segurança dos transgénicos no livro que tem o inspirado nome de “Mendel na Cozinha”, e a que pode aceder clicando aqui.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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