No ranking mundial, 56 das 100 melhores universidades são americanas. Nas primeiras 50, estão 37; nas 10 melhores, estão 8; e a primeira não americana, a Universidade de Cambridge, surge em 4.º lugar. Tal traduz enorme superioridade intelectual, pelo menos de percentagem significativa da população. Ainda que essa superioridade seja predominantemente na área das ciências da natureza, é ela que garante a hegemonia planetária à nação americana desde o fim da II Guerra Mundial. Conhecimento e inovação são os instrumentos do progresso.
Mas já não estamos como há uma ou duas décadas atrás, em que tais instrumentos se mantinham acantonados em áreas restritas, beneficiando partes pouco significativas da humanidade. Hoje a inovação difunde quase à velocidade do clique. Levou 55 anos para o automóvel chegar a um quarto da população mundial, 35 para o telefone, 22 para o rádio, 16 para o computador pessoal, 13 para os telefones móveis, e apenas 7 para a Internet, desde que esta foi aberta ao público.
Por outro lado, é progressivamente mais interdisciplinar, exigindo a colaboração dos maiores especialistas de centros de excelência todo o mundo, o que a internacionaliza, evoluindo de regional para global. É o velho chavão da aldeia global ao qual os passivos se acomodam e os empreendedores procuram contornar. Conscientes desta ameaça apontada à sua hegemonia, o Senado e o Congresso dos Estados Unidos encarregaram uma comissão da National Academy of Sciences de estudar as medidas a tomar no sentido de manter a América na vanguarda do progresso científico e tecnológico. As recomendações da comissão, em boa verdade, resumem-se facilmente: educação, educação e educação. Como se diz no relatório, "10 mil novos professores para10 milhões de novos cérebros". Receita fácil!...
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