Faz hoje um ano que, às 14H45 (19H45, hora de Lisboa), Barack Hussein Obama tomou posse como 44º Presidente dos Estados Unidos da América. Pela primeira vez, um negro chegava à presidência da maior potência mundial, abrindo um leque de esperanças na esquerda mundial. E com razão. Negro, do Partido Democrático, e possuidor de um discurso fluente e inspirado, era a luz que se acendia no fim do túnel do consulado Bush.
Foram muitas as promessas na campanha eleitoral, como sempre acontece. Parafraseando, na teoria a prática é outra. Os politólogos, classe de que não me lembro de ouvir falar quando era novo, contaram 300 compromissos assumidos, aproveitando eu para gabar a pachorra de contar estas coisas.
Parece que 91 dos principais foram já cumpridos, 14 falharam, e o resto está em banho-maria.
Dos primeiros, salienta-se o início da retirada do Iraque; a escalada no Afeganistão, com duplicação dos efectivos ali presentes; o levantamento das restrições aos cubano-americanos de enviar dinheiro para Cuba e de viajar para lá; o fim das prisões secretas e das torturas da CIA; a abolição de algumas limitações à investigação com as células estaminais; e o maior envolvimento no conflito do Próximo Oriente.
Dos não cumpridos até agora, refira-se o encerramento de Guantánamo, a legalização dos imigrantes sem documentação, o reconhecimento do genocídio arménio, a suspensão dos impostos aos reformados com rendimento inferior a 50.000 dólares, e a transmissão televisiva dos debates sobre o serviço de saúde.
O balanço é bom, embora francamente abaixo da expectativa criada pelo brilho da retórica. Mas estamos no início do mandato e o homem mal teve tempo para aquecer. Aguardemos e vejamos a performance depois do primeiro quarto de hora de jogo.
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