Estão os portugueses preocupados com a situação financeira da Pátria? Estou convencido que não! Provavelmente porque não lêm jornais; ou não compreendem o que lêem; ou apenas pensam que são coisas para aqueles em quem votam. Como exemplo da camisa que vestimos, deixo a súmula de alguns textos jornalísticos de hoje, tudo escrito como segue - simples trabalho de copy and paste.
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A edição alemã do ‘Financial Times’ continha ontem a afirmação de que Portugal está a arder e o ministro das Finanças reconhece (finalmente) que a turbulência nos mercados vai continuar.
A edição alemã do ‘Financial Times’ continha ontem a afirmação de que Portugal está a arder e o ministro das Finanças reconhece (finalmente) que a turbulência nos mercados vai continuar.
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Portugal, dentro de dias, terá de pedir emprestados cinco mil milhões de euros para refinanciar parte dos 182,7 mil milhões de euros do saldo de dívida externa. Por outras palavras, cada português deve 18,3 mil euros aos bancos estrangeiros, como o belga Fortis ou o ABN.
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O caldo está definitivamente entornado. A Grécia tem culpas no cartório, as agências de rating e vários gurus anglo-saxónicos também, Berlim e Paris estão a contribuir para o descalabro. Mas não adianta chorar. Nós também não fizemos bem o trabalho de casa. Em tempo de guerra, não se limpam armas. Tomam-se medidas. Sugerem-se cinco para resolver o nó górdio que enfrentamos, assente na nossa incapacidade de exportar e de poupar.
1. CONGELAMENTO E DESCIDA DA DESPESA PÚBLICA
2. SUSPENSÃO DE TODOS OS GRANDES PROJECTOS
3. CONCENTRAR TODOS OS APOIOS NA EXPORTAÇÃO
4. REMUNERAR BEM A POUPANÇA INTERNA
5. AUMENTAR O IVA, CONGELAR O 13º MÊS
São medidas duras? Não, são duríssimas. Mas a alternativa, face à tempestade perfeita que está formada sobre as nossas cabeças, é muito pior. Assim, ainda somos nós que controlamos o gatilho e disparamos enquanto jogamos à roleta russa. De outro modo, é alguém a carregar sucessivamente no gatilho até nos meter uma bala na cabeça.
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O Expresso tinha avançado que o Governo adiou a assinatura do contrato para a construção da auto-estrada do Pinhal Interior mas o Ministério das Obras Públicas, após ter recusado responder ao Expresso, desmentiu categoricamente a informação e diz agora que vai avançar com a obra, orçada em 1200 milhões de euros.
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O que choca no meio disto tudo é ver como um ex-presidente da CMVM, que por definição conhece os mercados, actua como um analfabeto em questões financeiras. Ignorando que a subida das taxas vai colocar o serviço da dívida, em 2010, acima dos 7 mil milhões de euros (no OE estão inscritos 5,5 mil milhões). O suficiente para pagar dois aeroportos de Lisboa. E ignorando que tudo isto pode ser um rastilho para um ataque sério à República e à confiança dos aforradores.
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Que drama!...
Portugal, dentro de dias, terá de pedir emprestados cinco mil milhões de euros para refinanciar parte dos 182,7 mil milhões de euros do saldo de dívida externa. Por outras palavras, cada português deve 18,3 mil euros aos bancos estrangeiros, como o belga Fortis ou o ABN.
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O caldo está definitivamente entornado. A Grécia tem culpas no cartório, as agências de rating e vários gurus anglo-saxónicos também, Berlim e Paris estão a contribuir para o descalabro. Mas não adianta chorar. Nós também não fizemos bem o trabalho de casa. Em tempo de guerra, não se limpam armas. Tomam-se medidas. Sugerem-se cinco para resolver o nó górdio que enfrentamos, assente na nossa incapacidade de exportar e de poupar.
1. CONGELAMENTO E DESCIDA DA DESPESA PÚBLICA
2. SUSPENSÃO DE TODOS OS GRANDES PROJECTOS
3. CONCENTRAR TODOS OS APOIOS NA EXPORTAÇÃO
4. REMUNERAR BEM A POUPANÇA INTERNA
5. AUMENTAR O IVA, CONGELAR O 13º MÊS
São medidas duras? Não, são duríssimas. Mas a alternativa, face à tempestade perfeita que está formada sobre as nossas cabeças, é muito pior. Assim, ainda somos nós que controlamos o gatilho e disparamos enquanto jogamos à roleta russa. De outro modo, é alguém a carregar sucessivamente no gatilho até nos meter uma bala na cabeça.
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O Expresso tinha avançado que o Governo adiou a assinatura do contrato para a construção da auto-estrada do Pinhal Interior mas o Ministério das Obras Públicas, após ter recusado responder ao Expresso, desmentiu categoricamente a informação e diz agora que vai avançar com a obra, orçada em 1200 milhões de euros.
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O que choca no meio disto tudo é ver como um ex-presidente da CMVM, que por definição conhece os mercados, actua como um analfabeto em questões financeiras. Ignorando que a subida das taxas vai colocar o serviço da dívida, em 2010, acima dos 7 mil milhões de euros (no OE estão inscritos 5,5 mil milhões). O suficiente para pagar dois aeroportos de Lisboa. E ignorando que tudo isto pode ser um rastilho para um ataque sério à República e à confiança dos aforradores.
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Que drama!...
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