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Mubarak e o seu regime foram postos em causa e objecto de grandes manifestações populares hostis. O mundo deu apoio aos manifestantes e o ditador saiu pelo seu pé, quase sem esboçar um gesto de resistência. Neste momento, está internado num hospital militar e, se melhorar, irá bater com os ossos decrépitos na cadeia “Tora”, onde já estão os dois filhos, Gamal e Alaa, o antigo Primeiro-Ministro Ahmed Nazif, o conselheiro presidencial Zakaria Azmi, o Speaker do Parlamento Fathi Sorour, e muitos outros.
A besta chamada Kadafi viu o povo manifestar-se contra a sua ditadura arbitrária com mais de 40 anos e entrincheirou-se, primeiro; depois reagiu e usou a força militar da nação para dizimar os manifestantes, depois combatentes rebeldes. Neste momento, os Estados Unidos estudam a maneira de arranjar uma saída airosa para o alarve, ou seja, o exílio dourado para ele e família, ao abrigo da confiscação de bens e de julgamentos nacionais ou internacionais, segundo noticia o “The New York Times”.
Toda a história tem uma moral. Esta não é excepção. O que se está a dizer aos actuais e potenciais ditadores em construção é que, se um dia se virem rejeitados pelo povo, devem reagir com a maior das brutalidades – quanto maior, melhor. A violência é o passe para a fuga, a impunidade, e o gozo das benesses acumuladas por anos de roubalheira.
O mundo está bonito, não haja dúvidas! Ou terá sido sempre assim? Talvez; mas ia sendo tempo de mudar.
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