quinta-feira, 28 de abril de 2011

NÃO À GENTE DE ÂNIMO DÉBIL

.
Os estrangeiros que vieram tomar conta de Portugal querem ver os compromissos assumidos por este governo acatados por qualquer governo saído das próximas eleições, exigência cristalina e de todo razoável. Para isso, os partidos potenciais participantes no futuro governo pretendem conhecer a real situação das contas públicas, nomeadamente quais os encargos futuros com as famosas parcerias público-privadas. O PSD escreveu uma carta ao executivo com 40 questões sobre a matéria, mas as respostas são evasivas, incompletas, manhosas e fugitivas: está a ver-se que há matéria escondida e tentativa de sonegar informação.

Então, o PSD ameaça contactar directamente as organizações estrangeiras envolvidas no resgate de Portugal para conhecer através delas o que deveria saber pelo governo. É o inenarrável feito realidade. O País afunda-se, está na fase de mostrar alguma responsabilidade a quem nos acode, e consome-se em jogadas rasteiras de baixa política.
Aliás, foi a baixa política que nos trouxe até onde estamos. E teima agora, no seu melhor e dando ao mundo um espectáculo de irresponsabilidade inqualificável, manter o mesmo nível rasteiro e rafeiro. Pergunto muitas vezes como pode essa gente dormir com tais feitos no currículo e só encontro uma explicação: a política para eles não tem nada a ver com o interesse do País e da sua gente; é antes um modo de vida em tudo semelhante ao do marginal que vive de assaltos. Não têm problemas de consciência porque acham que isso é próprio dos fracos e a política não é actividade para gente, segundo eles, de ânimo débil. Só pode ser isso.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário