Referimos há dias que o impacto na Terra de corpos vindos
do espaço pode ter trazido consigo moléculas orgânicas indispensáveis para a
génese da vida, ou ter lançado nesse espaço, a partir daqui e em direcção a outros planetas,
essas moléculas. Sabe-se agora, de acordo com estudos do Imperial College, que
o próprio impacto, ao libertar quantidades enormes de energia, pode levar à
formação de compostos orgânicos.
O meteorito que caiu este ano em Chelyabinsk, na Rússia,
explodiu com 30 vezes mais energia que a bomba de Hiroshima. Essa energia pode
"desfazer" moléculas de amónia, dióxido de carbono e metanol,
promovendo a síntese de aminoácidos, elementos formadores das proteínas.
Da observação de outros astros, pode concluir-se serem
frequentes esses impactos no Sistema Solar. Assim, não será estranho encontrar "sementes
de vida" em planetas inesperados. Por exemplo, teoricamente, isso é possível
no satélite Encélado de Saturno e no Europa de Júpiter.
Se as condições ambientais permitem, a
vida pode aparecer em muitas regiões do universo. Se há ou não há, é
outra coisa. Provavelmente, nunca saberemos, a menos que surja por aí uma nave
Voyager alienígena.
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