segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CRÍTICA DA RAZÃO EMBORRACHADA


Kant, o autor da "Crítica da Razão Pura", o filósofo da Ética, o homem da saúde frágil que nunca saiu da terra natal por isso, era discutido por dois cidadãos russos da cidade de Rostov do Don enquanto esperavam por uma cerveja. Não sabemos qual era o número ordinal do copo que aguardavam, mas a avaliar pelo sucedido e pela tradição da Pátria de Tolstói, seria já escrito por extenso com duas palavras—pelo menos...
Em dado momento, num paroxismo de exaltação filosófico-argumentativa, um dos expectantes apreciadores do precioso líquido—inventado por egípcios, quem diria?—sacou duma arma de ar comprimido e alvejou o interlocutor com alguns projécteis de borracha. Não mata, mas mói!
Resumindo, o filósofo-alvo foi para o hospital, o filósofo-pistoleiro para a cadeia. Nenhum bebeu a aguardada cerveja, eventualmente o mais triste da história. Moralidade: nunca discutas Kant a partir do décimo quinto copo.
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