domingo, 8 de setembro de 2013

POLÍTICA DA CANHONEIRA

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Em 2009, Obama recebeu o Prémio Nobel da Paz num dos vários arrincanços  que só o Comité da Noruega pode explicar. Nesse tempo ainda não era conhecida a sentença, ou acórdão, ou como se chama isso,  do Tribunal da Relação do Porto sobre a bondade do trabalho sob o efeito de vapores etílicos e, consequentemente, não se pode conceber que os distintos e seleccionados membros do Comité norueguês estivessem possuídos da alegria e boa disposição que Baco concede aos seus adoradores quando decidiram. Isto é, a decisão foi tomada em estado de plena sobriedade e não ao abrigo da jurisprudência decorrente do entendimento da Relação do Porto. Ninguém percebeu, nem Obama que estava envolvido numa guerra, mas o mundo baixou as orelhas e calou.
Agora, Obama, versão americana do PS e figura idolatrada pelo Dr. Soares, que não deve estar bem porque anda calado, prepara-se para mandar umas canhoneiras flagelar a Síria, sem mandato ou concordância da Organização das Nações Unidas e na feliz companhia do senhor Hollande, também ele uma esperança e farol para os socialistas portugueses.
Já alguém ouviu o PS aconselhar prudência ao senhor Obama? Ou ao senhor Hollande? Ninguém! Sobre a matéria, o PS está calado como um rato no Largo do dito. Obama é o novo George W. Bush.
No tempo de Bush, toda a gente sabia como começam as guerras e ninguém sabia como acabam. Agora é pior: ninguém sabe como começam e todos sabem que acabam mal. Obama prepara-se para calçar uma bota, que nunca mais vai descalçar, com os socialistas portugueses calados e a abanar as orelhas.
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