Os cientistas que torturam animais não têm desculpa. Façam as experiências em jornalistas e políticos. Assim terá falado Ibsen, segundo consta no "Book of Poisonous Quotes". É uma boutade, está bom de ver. Mas porque dizia Ibsen estas coisas? Basta olhar em volta durante os 365 dias do ano, quando não são 366, para perceber.
Os sírios aturam uma besta chamada Assad que os passa
sumariamente pelas armas. Obama assegura-lhes que não consentirá no uso de armas
químicas, sob pena de intervir. Assad usa armas químicas—Obama assim afirma—e
Obama dá uma no cravo e outra na ferradura. Era a linha vermelha, eu seja
ceguinho se não fizer nada, patati, patatá, rebabá, Quartel-General em Abrantes,
tudo como dantes.
Não estou a exigir que a América vá intervir na Síria, ou
a Inglaterra, ou a França, ou quem quer que seja. Acho que já chega de guerras
que não dão em nada, se exceptuarmos a desgraça. Mas porque não ficou Obama
calado e, pelo contrário, criou nos sírios a ilusão que estava do lado deles
para depois meter o rabo entre as pernas e sair como um sendeiro? Eu disse como
um sendeiro? Peço desculpa mas queria dizer como um político.
Ou será que não está convicto que foi Assad que lançou os gases? Então, a conversa ainda é pior!
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