segunda-feira, 16 de setembro de 2013

REFLEXÃO SOBRE O SENSO

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O Primeiro-Ministro acha que os conselheiros  do Tribunal Constitucional não têm bom senso e pede que o adquiram. O Presidente da República pede à troika bom senso para não comprometer a recuperação da economia nacional. Senso é o mote. O País pede aos dois o bom senso de se calarem, se não tiverem nada mais importante para dizer.
Senso é prudência, siso, juízo, raciocínio, dizem os dicionários. Há o bom e o comum, que não são a mesma coisa. Debitar bitaites, como os de Suas Excelências, é comum e asinino. Guardar de Conrado o prudente silêncio seria, nas circunstâncias implícitas referidas, bom e assisado.
O bom senso está diretamente ligado à capacidade intuitiva de fazer a coisa certa, falar a coisa certa, pensar a coisa certa e calar a boca na altura certa. Já Aristóteles dizia que o bom senso é o elemento central da conduta ética, a capacidade virtuosa de achar o meio termo e distinguir a acção correcta da jericada. E de jericos percebia Aristóteles! Os portugueses também.
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