Hoje, o Dr.
Soares, no seu belo e interessantíssimo artigo no "Diário de
Notícias", rigorosamente a não perder como diria Mário Crespo, escreve no
Canto II:
Era tão fácil
acabar com a crise que Portugal e sobretudo a zona euro atravessam, com cada
vez mais dificuldades dos Estados membros. Era necessário somente que o Banco
Central Europeu fosse capaz de fazer o que a América de Barack Obama faz:
emitir dólares. Ora o Banco Central Europeu não fabrica euros, como devia. [...]
O estilo é sublime mas, lido descuidadamente, pode ter-se
o sobressalto de pensar que o Banco Central Europeu (BCE) está a fabricar euros "marados". Imperdoável, tal suposição! A quem assim se equivoca, digo eu, parafraseando
Clinton, é a vírgula estúpido. Está lá uma vírgula antes de "como
devia". Isto é, o BCE comete um erro quantitativo, não qualitativo, opina
o Dr. Soares. Os euros que manufactura são genuínos, não contrafeitos. O que o
Dr. Soares acha é que são poucos. Se dependesse dele, a esta hora já teríamos
notas de 500 euros a forrar paredes, como os marcos da Alemanha depois da
guerra de 14-18.
Pode, portanto, o leitor descansar porque as notas que
saem da máquina do Multibanco não são falsas—são é poucas. Mário Soares dixit.
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