A companhia de transportes ferroviários alemã, Deutsche Bahn,
gasta 7,5 milhões de euros anualmente para limpar o vandalismo dos grafitti nos comboios. Vai começar a fazer vigilância nas estações e nos locais de
recolha do material circulante com drones capazes de observar os meliantes e registar
as suas selvajarias. Naturalmente, já surgiram os defensores dos direitos civis
a insurgir-se contra o facto porque pode haver violação da privacidade. Por exemplo, algum deles ser apanhado a fazer
uma mija nocturna contra um candeeiro da iluminação pública, ou a engatar uma
rameira em local inesperado. Os comboios todos cagados e os contribuintes a
pagar a reparação dos actos de sobreviventes do período paleolítico superior não
interessam. Em boa verdade, a prática de tais australopitecos até é louvável porque
dá trabalho aos especialistas em limpeza de dejectos urbanos.
Há coisas que deviam acabar. Uma é essa anedota de
considerar os graffiti forma de arte. Aquilo é a repetição até à náusea de
temas iguais em todo o mundo, quando não é pura manifestação de atraso mental
ou vandalismo. Outra, muito mais importante, é a venda dos sprays com que são molestadas
paredes e muros. Os apreciadores de tal trampa mereciam ter uma parede recém
pintada da sua casa, ou o automóvel, tratados por tais artistas. Talvez então
percebessem a Deutsche Bahn.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário