domingo, 8 de dezembro de 2013

BEBER ' ÁGUA DO MAR '

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A água potável vai faltando progressivamente, resultado—sobretudo—do aumento da população. Diz-se mesmo que a escassez pode conduzir a uma  guerra mundial—a terceira.
Mas esta semana foi anunciada a descoberta de grandes reservas de água potável por baixo dos mares, ao largo da África do Sul, da China, da América do Norte e da Austrália. Não é, naturalmente, água do Luso, mas tem muito pouco sal e outros materiais que precisam de tratamento e isso afigura-se fácil—nada comparável com a dessalinização da água do mar.
Os números são impressionantes. Calcula-se que esses aquíferos tenham mais  500 mil quilómetros cúbicos de água, volume 100 vezes superior ao extraído da terra no último século.
Tais depósitos formaram-se ao longo de centenas de milhares de anos, quando o solo desses locais estava exposto às chuvas, constituindo os actuais aquíferos por baixo do que viria a ser o fundo do mar. Com o degelo das calotes polares, há 20 mil anos, ficaram cobertos pelos oceanos.
A extracção da água pode ser feita a partir de plataformas construídas no mar, ou a da costa, nos locais onde os depósitos ficam mais próximos. O inconveniente destas reservas é que não se renovam, por não estarem expostas à água das chuvas; a não ser na próxima Idade do Gelo, quando o nível do mar descer o suficiente para entrarem no ciclo hidrológico. Vai demorar um nadinha. Até lá, é necessário gerir bem o achado.
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