[...] A extrema-direita pode meter a cabeça na areia e falar da excelência americana, mas o resto do mundo, entretanto, educa-se. Na verdade, a América é número um, mas na desilusão. Enquanto os briosos da bandeira se congratulam com a nossa grandeza, o resto do mundo olha-nos confuso: só 6% dos estudantes americanos atingem níveis avançados, segundo os padrões internacionais, atrás de 30 outros países. Estamos em 25º em Matemática, 17º em Ciências e 14º em compreensão da leitura. Estamos atrás da Lituânia e da Eslovénia—dois países que a maioria dos estudantes americanos não consegue apontar no mapa. [...]
Assim escreve hoje Jeff Schweitzer, cientista e ex-assessor
sénior da Casa Branca, no site "THE HUFFINGTON POST". A América é líder
no mundo da ciência e da tecnologia, mas grande parte desse mérito deve-o à importação
de cérebros. O nível intelectual médio da população nativa é tosco; afirmação
que se aplica também a técnicos diferenciados, mas mentalmente coxos. Paralelamente
a uma sociedade provinciana e tacanha mas criadora de muita riqueza, há
uma elite restrita—boa parte imigrada—com condições materiais para exercitar a
massa cinzenta. São o motor da América: chineses, paquistaneses, indianos, japoneses,
muitos europeus e por aí fora. É essa minoria que mantém o País a flutuar. Jeff
Schweitzer tem razão no que diz, mas não precisa de se preocupar—para tratar
das vacas e das máquinas, o nível intelectual americano chega. Para pensar,
investigar, descobrir e criar, mandam-se vir asiáticos e europeus, incluindo lituanos e eslovenos. É fácil!
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