Dizem as notícias que Portugal, de acordo com a revista
"Forbes", é o 20º melhor país do mundo para se fazer negócios.
Chegados aqui, é preciso distinguir o que se entende por negócios. A língua
portuguesa é subtil e traiçoeira e há diferença entre negócio e negócios; ou seja,
a segunda expressão envolve carga negativa no que ao conteúdo ético da
actividade concerne. A notícia resulta de tradução do inglês a que não tenho acesso
e, por isso, deixa-me dúvidas.
Se o que se quer dizer é negócio, o facto é surpresa. Não
estava a ver a nossa bem amada Pátria tão atraente para a iniciativa
empresarial, com a Justiça que temos, a burocracia reinante, a corrupção
vigente, a carga tributária asfixiante e rebabá. Se falamos de negócios, isto é, "negócios", então é
a desilusão—porque nesse campo o nosso ranking é muito melhor, provavelmente
logo a abaixo da Somália, do Zimbabué, eventualmente do Burkina Faso, mas com
tendência a melhorar, com boas perspectivas de chegar ao topo.
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