Nigel Barber é irlandês e biopsicólogo, autor de textos polémicos sobre o ateísmo, nomeadamente o seu último livro intitulado "Why Atheism Will Replace Religion". Nele diz, em resumo, que os ateus estão concentrados nas nações economicamente desenvolvidas, especialmente nas sociais-democracias da Europa, e que nas nações subdesenvolvidas praticamente não há ateus—na África subsariana não têm expressão (1%), mas na Suécia são 64%, na Dinamarca 48%, na França 44% e na Alemanha 42%.
E, em sua opinião, quais as razões para estes dados? A
capacidade de explicar e prever os fenómenos naturais diminui a sua imprevisibilidade
e consequências, competindo com a religião no controlo da incerteza nas nossas vidas. Por outro lado, diz Barber, o ateísmo é mais comum nas pessoas
inteligentes, com mais formação académica, a viver em cidades, especialmente de
países com boa segurança social. Em resumo, em lugares e condições em que as pessoas se sentem
menos ameaçadas.
A religião será um tipo de seguro de vida para os
desamparados. Por isso é mais praticada nas regiões com grande incidência de
doenças infeccto-contagiosas, por exemplo. Nas sociedades modernas, quando há dificuldades
psicológicas, diz o autor, as pessoas preferem os fármacos psicotrópicos aos
"opiáceos metafóricos" oferecidos pela religião.
A visão de Barber é claramente discutível, embora
legítima. Vale a pena ler os seus textos, nomeadamente o referido livro (Na Amazon, no sistema "Kindle", custa cerca de €5,5—em inglês)
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