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Hoje, vi o vídeo em que duas jovens esbofeteiam um pobre rapaz, aparentemente
com as mãos amarradas, durante 13 minutos—uma coisa inenarrável de maldade,
sobretudo pelas manifestações de divertimento das jovens, já espigadotas.
Naturalmente, ninguém pede
que se mandem as delinquentes para uma câmara de gás, se crucifiquem no
Terreiro do Paço, ou sejam queimadas vivas, em cerimónia inquisitorial. Mas vir
um psiquiatra dizer-nos que as jovens estão a sofrer e que devemos
interrogar-nos sobre que tipo de
sofrimento estavam a passar para chegarem ao ponto de descarregar assim noutro
jovem, é abrir a porta à justificação da ignomínia, transformando criminosas em
vítimas, e sugerir a impunidade. A primeira preocupação do referido
psiquiatra deveria ser com a verdadeira vítima, mas parece que não.
E já que estamos com a mão
na massa, pergunto ao psiquiatra se também está preocupado com o sofrimento dos
protagonistas de violência doméstica, que espancam e matam mulheres. Será que
também devemos interrogar-nos qual é o tipo de sofrimento deles? Sei que se lesse
isto, esboçaria um sorriso de condescendência perante a minha posição
popularucha. Eu sei. Não tenho o prazer de o conhecer, mas daqui lhe lembro que
uns miligramas de bom senso valem mais que toneladas de ciência mal digerida.
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