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Não conheço Godinho Lopes de lado nenhum—nem da tropa.
Ouvi que terá estado envolvido no contrato de navios de cruzeiro para servirem
de unidades hoteleiras durante a Expo-98, contrato que terá sido uma ruína, mas
não sei nada ao certo sobre isso.
Lembro-me que foi presidente do Sporting, o
que pode acontecer aos melhores e às vezes é bem feito, mas não sei quantas
borradas fez nesse mister.
Agora, foi expulso do clube, sendo-lhe retirada a
qualidade de sócio leonino pela Assembleia-Geral da colectividade desportiva, recreativa
e folclórica, ou pelo inefável Bruno, que
está pronto a morrer para defender o clube de quem queira fazer-lhe mal, ou por
alguém ainda não identificado. Não interessa isso para o que, aliás, cago.
Chega a matéria a este espaço, modesto mas digno e cheio
de qualidade, porque há três dias que não abro um jornal sem ler que Godinho
nunca tirou um tostão a quem quer que seja—palavras suas, naturalmente.
A conversa já fede, todos tomámos boa nota da ausência de
desvios de tostões, pelo que daqui envio um apelo a Godinho: em nome da saúde
mental dos portugueses que lêem jornais, cesse a declaração solene de que na
sua bolsa não há tostões tirados a quem quer que seja, até porque o tostão,
como o dracma, já não circula. O anormal seria ter agora tostões na algibeira sem os ter trocado por euros. E saudinha é o que lhe desejo.
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