A Organização Mundial da Saúde reconheceu, ontem, segunda-feira, que houve falhas na gestão da pandemia provocada pelo vírus H1N1, em especial na comunicação das "incertezas" do novo vírus. Em Genebra decorre até amanhã a primeira reunião do grupo de peritos.
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Este comité - composto por 29 especialistas de 28 países - foi a resposta da OMS às muitas críticas e acusações de que terá sido influenciada pelas empresas farmacêuticas na declaração da primeira pandemia do século XXI, em Junho passado, e exagerado na gravidade da infecção, levando os 193 países membros a correr a reservar grandes quantidades de vacinas, que acabaram por não ser utilizadas.
Este comité - composto por 29 especialistas de 28 países - foi a resposta da OMS às muitas críticas e acusações de que terá sido influenciada pelas empresas farmacêuticas na declaração da primeira pandemia do século XXI, em Junho passado, e exagerado na gravidade da infecção, levando os 193 países membros a correr a reservar grandes quantidades de vacinas, que acabaram por não ser utilizadas.
In Jornal de Notícias
Vale a pena recordar algumas coisas. Paul Flynn, vice-presidente do Comité de Saúde do Conselho da Europa, revela números esclarecedores: no Reino Unido foram previstas 65.000 mortes pela gripe dos porcos mas, no princípio de 2010, a previsão já ia só em 1.000, com menos de 5.000 casos de doença registados. O número de mortos foi de 360 no total.
Flynn afirma que membros do grupo de conselheiros sobre gripe na OMS receberam fundos, para subsidiar investigações suas e dos seus departamentos, de companhias farmacêuticas produtoras de vacinas e medicamentos para a prevenção e tratamento da gripe.
A falta de transparência é chocante. Diria que a conduta da OMS teve a transparência de uma parede de betão com dois metros de espessura. Mas não deixa de ser intrigante a forma como os governos se deixaram enganar, se é que deixaram. Não era preciso ser um sábio do Sião para desconfiar de tanto alarido que se via à distância ser só fumaça. Os técnicos dos ministérios da saúde fuzeram um tiste papel, e alguns continuam a fazer.
O problema é que, como diz Flynn, a falta de confiança numa organização como a OMS põe vidas em risco. Se no futuro surgir, de facto, uma pandemia grave, que até pode ser de gripe, quem vai levar a sério as normas da OMS?
Flynn afirma que membros do grupo de conselheiros sobre gripe na OMS receberam fundos, para subsidiar investigações suas e dos seus departamentos, de companhias farmacêuticas produtoras de vacinas e medicamentos para a prevenção e tratamento da gripe.
A falta de transparência é chocante. Diria que a conduta da OMS teve a transparência de uma parede de betão com dois metros de espessura. Mas não deixa de ser intrigante a forma como os governos se deixaram enganar, se é que deixaram. Não era preciso ser um sábio do Sião para desconfiar de tanto alarido que se via à distância ser só fumaça. Os técnicos dos ministérios da saúde fuzeram um tiste papel, e alguns continuam a fazer.
O problema é que, como diz Flynn, a falta de confiança numa organização como a OMS põe vidas em risco. Se no futuro surgir, de facto, uma pandemia grave, que até pode ser de gripe, quem vai levar a sério as normas da OMS?
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