Marinho e Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, usa frequentemente linguagem desbragada, não me parece muito neutral politicamente, e tem um recalcamento qualquer com os magistrados. O que diz deve ser filtrado por esta perspectiva. Ainda assim, alguma coisa se aproveita. Por exemplo, as passagens a seguir transcritas do artigo que hoje publica no Jornal de Notícias - querem dizer o que dizem, não estando desinseridas do contexto, como agora se diz para afirmar que não se disse o que se disse.
[...] Casos flagrantes de corrupção foram pura e simplesmente varridos para debaixo do tapete, com absolvições escandalosas, unicamente porque os visados eram juízes. [...]
[...] Arrogam-se (os magistrados) titulares do órgão de soberania tribunais, mas constituem sindicatos para pressionar os outros poderes em ordem a aumentar os seus privilégios corporativos. [...]
[...] Estranho país este em que os titulares de alguns órgãos de soberania são trabalhadores sindicalizados. [...]
(fim de citação)
.
Os juizes (pelo menos alguns) são personalidades sem a estatura que se exige a tão complicadas funções. Desempenham um cargo em que a prática de vida não é independente da forma do que fazem. Por exemplo, já que estamos em maré de exemplos, o mesmo jornal noticia na primeira página:
.
Os juizes (pelo menos alguns) são personalidades sem a estatura que se exige a tão complicadas funções. Desempenham um cargo em que a prática de vida não é independente da forma do que fazem. Por exemplo, já que estamos em maré de exemplos, o mesmo jornal noticia na primeira página:
[...] Um graduado da PSP foi detido, ontem, no Porto, por alegadamente ter agredido uma juíza, sua ex-companheira, perante a filha menor de ambos. O caso, em plena rua, foi testemunhado por polícias à civil, que já estavam de prevenção a pedido da magistrada.
Em causa estava o cumprimento de uma decisão judicial para que o elemento da PSP, com o cargo de chefe, entregasse ao cuidado da juíza a filha, de três anos. O casal tinha vivido maritalmente e estaria em litígio há algum tempo por causa da guarda da criança. [...]
.
Sou bota de elástico ao mencionar este caso como situação em que um magistrado não devia ver-se envolvido? É claro que sou. Mas ficaria muito mais tranquilo se soubesse que um dia não vou ser julgado por esta juíza. Feitios!...
Sou bota de elástico ao mencionar este caso como situação em que um magistrado não devia ver-se envolvido? É claro que sou. Mas ficaria muito mais tranquilo se soubesse que um dia não vou ser julgado por esta juíza. Feitios!...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário