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.O que tem de ser tem muita força, lá diz o povo, e é verdade. O primeiro-ministro devia ter um post-it com esta frase em qualquer lado do seu gabinete. É difícil traçar uma linha entre a resistência, a teimosia e a estupidez, mas passa-se de uma condição à outra demasiado depressa. [...]
Henrique Monteiro
[...] Para quem não sabe a Sócrates School of Economics (também aceita filhos de ditadores) declara que um país pode cair na bancarrota em apenas uma semana e somente por causa de uma nega parlamentar. Esqueçam os anos da má governação. Esqueçam as toneladas de factos acumulados (ex: em 2005, a dívida pública era de 90 mil milhões; hoje está na casa dos 160 mil milhões). Nada disso importa. Nesta perspectiva revolucionária no campo da hermenêutica metaeconómica, a causa da bancarrota é o discurso crítico de um Presidente não-executivo. Portanto a governação do PS não pode ser responsabilizada pelo estado do país. Quem afirmar o contrário é um vil caluniador e um traidor da pátria. [...]
Henrique Raposo
[...] O que António Bagão Félix fez foi cumprir o seu dever de cidadão e de conselheiro do Presidente. No processo começou também a desmontar a gigantesca e cara máquina de publicidade enganosa que alimenta o teleponto de José Sócrates.
Depois deste episódio, esperemos que o país fique mais sensível para aquilo que nos trouxe toda esta desgraça nacional: a intolerável política de mentira sistemática e profissionalmente praticada nos últimos seis anos.
Mário Crespo
[...] Numa democracia, em tempo de paz, não é costume deitar fogo a Roma só para prolongar uma passagem pelo governo. O primeiro-ministro, a pretexto daquilo a que decidiu chamar “FMI”, permitiu-se uma atitude de guerra civil, que pode fazer sentido em Tripoli ou Abidjan, mas não devia fazer em Lisboa. E isto é o mais inquietante de toda esta história. Que regime é este que temos em Portugal que produz este tipo de liderança desesperada? [...]
Rui Ramos
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