domingo, 3 de abril de 2011

TIREMOS O CHAPÉU ÀS PLANTINHAS

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Esta Terra, que foi nosso berço e onde vivemos enquanto por cá andamos, tem cerca de 4,5 mil milhões de anos, mais dia, menos dia. Com um invólucro de gases retidos pela força da gravidade, a que chamamos atmosfera, criaram-se condições para existir vida, inicialmente muito incipiente, quase só constituída por seres microscópicos. Os animais que nós somos - uns mais que outros - não tinham condições para se desenvolver: não existia oxigénio nessa atmosfera, constituída quase só por hélio e hidrogénio. Com a actividade vulcânica, outros gases foram adicionados à atmosfera, v.g. o cloro, o azoto, o monóxido e o dióxido de carbono, e por aí fora; mas faltava o mágico oxigénio, que só faria a sua aparição em grande quantidade há cerca de 2,5 mil milhões de anos. Foi o grande fenómeno da oxigenação. É verdade! Dois mil e quinhentos milhões de anos, mais dia, menos dia! O oxigénio foi crescendo, crescendo, até chegar a fazer 21% da atmosfera actual, permitindo à mulher e ao homem, às cobras e lagartos, gafanhotos e pintassilgos, aparecerem.
E donde veio tanto oxigénio, pergunto eu. Dizem-me que veio, primeiro de bactérias, e depois de plantas. Foi a fotossíntese que encheu isto tudo de oxigénio. Verdade! As plantinhas usam a energia da radiação solar para promover reacções fotoquímicas em que hidratos de carbono são formados a partir de dióxido de carbono e água, libertando-se oxigénio molecular – voilá. Há 2,5 mil milhões de anos que as plantinhas trabalham para nós respirarmos: é obra! Tiremos o chapéu às plantinhas.
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