quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O PRINCÍPIO DA MEDIOCRIDADE

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A humanidade é apenas escória química dum planeta de dimensão modesta, em órbita à volta duma estrela média, nos subúrbios de uma das centenas de milhares de milhões de galáxias que existem no Universo. Esta frase arrasadora é a afirmação típica do que se chama Princípio da Mediocridade.
Tal como o Principio de Copérnico, que acabou com a ideia da Terra como centro do Universo, o Princípio da Mediocridade acaba com a ideia antropocêntrica, ao defender que a vida na Terra, homem incluído, depende de umas quantas moléculas, em grande parte comuns a todos os astros, e que as leis da ciência que conhecemos se aplicam a tudo, em toda a parte. Com tempo, é razoável esperar o aparecimento de vida em muitos locais do Cosmos, sendo possível que já exista. Tal ideia foi reforçada pela descoberta de Hubble, da enorme dimensão do Universo, muito maior do que se imaginava.
O homem, segundo o Princípio da Mediocridade, não tem nada de especial. O conhecimento actual aponta para o facto de descender de um antepassado comum com o chimpanzé e o bonobo, de há seis milhões de anos, com os quais compartilha 98% do ADN. Embora nos anos 90 do Século XX ainda se acreditasse que tinha 300.000 genes, sabe-se hoje que tem apenas o modesto número de 24.000.
Naturalmente, o Princípio da Mediocridade como doutrina materialista, tem detractores. Não vou entrar na discussão. Falo dele porque parece ter o seu papel na Filosofia Científica. E sobretudo porque é um factor de humildade para o homem, coisa muito louvável.
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