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As gravações feitas no gabinete de Nixon quando era Presidente, têm 3.700 horas de duração. Dessas horas todas, 3.200 foram tornadas públicas, sendo as restantes reservadas, por razões de segurança, ou para garantir a privacidade de pessoas. As públicas circulam nos media. O vídeo em baixo corresponde a uma conversa entre Nixon, Kissinger, quando Conselheiro Nacional de Segurança, e o Chefe de Gabinete de Nixon, Harry Haldman.
A seguir ao vídeo, inclui-se uma tradução livre da conversa—é difícil traduzir literalmente conversas, mas o essencial está lá: é sobre homossexuais.
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Nixon: Deixem-me dizer uma coisa antes de deixar isso dos gays. Não quero ser mal compreendido. Sou a pessoa mais tolerante nessa matéria. Eles têm um problema. Nascem assim. Vocês sabem isso. É tudo. De qualquer forma, quando digo que nascem assim, a tendência está lá. Mas a minha opinião é que os chefes dos escuteiros, os chefes da YMCA (Young Men's Christian Association) e outros conduzem-nos nessa direcção; e os professores. E se vocês olharem para a história das sociedades, verificam que algumas das pessoas mais inteligentes... Oscar Wilde, Aristóteles, etc., eram homossexuais. Nero, publicamente, com um rapaz em Roma.
Haldeman: Há um grupo de imperadores romanos...
Nixon: Mas o caso é que, quando uma sociedade segue essa direcção, perde a vitalidade. Não é verdade, Henry (Kissinger)?
Kissinger: Bom—
Nixon: Vês algum caso em que não seja assim?
Kissinger: Isso foi assim na antiguidade. Os romanos eram notoriamente—
Haldeman: Os gregos
Kissinger: —homossexuais
Nixon: Os gregos. E eram muitos... por Deus, não vou deixar passar uma lei em que dizemos: "Bem, rapazes, ide e sede gays". Podem fazer isso, mas deixem-nos ir sós. É um estilo de vida em que não quero tocar.
Kissinger: Uma coisa é fazê-lo discretamente, como alguns fazem; mas fazer disso política nacional...
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