Em
oito dias ocorreram três acidentes com aviões de passageiros: a 17 de Julho, na
Ucrânia; sete dias depois, em Taiwan; e no oitavo dia, em África, entre Burkina
Faso e a Argélia. No total, morreram 462 pessoas. É frequente aconteceram acidentes
deste tipo em grupo, conjunto ou série? Não é mas, desde 1990, já aconteceu 45
vezes.
Se
somarmos todas as mortes em acidentes de aviação comercial, morrem em média 500
passageiros por ano em consequência deles; mas este ano esse número já foi
ultrapassado em mais de 200.
Nos
países ditos desenvolvidos, a probabilidade de morrer a voar—ou a tentar voar—é
de 1 em 25 milhões. Uma criança no aeroporto de Heathrow do Reino Unido à
espera de apanhar um avião tem mais probabilidade de vir a receber o Prémio
Nobel da Física, ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas, ou chegar a
Primeiro-Ministro, do que morrer na viagem que vai fazer.
Contudo,
estatística é estatística e não vale muito àqueles que morrem. A probabilidade
pode ser de 1 em 10^500.000.000, mas tal probabilidade significa que morre um
de vez em quando, um a quem a estatística não serviu para nada. É a vida, diria
Guterres. E muito bem, diria o Dr. Soares que anda muito calado.
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