O Hamas usa a política deliberada de autoflagelação para
criar um dilema aos israelitas. Os terroristas estavam perfeitamente conscientes
do que iria acontecer depois de começarem a despejar rockets sobre Israel.
Dispararam mais de mil. A ideia é forçar o inimigo a responder e matar cidadãos
civis palestinianos a fim de que o resto do mundo condene a resposta. Quantos
mais civis morrerem, melhor. Os líderes terroristas têm abrigos seguros por
baixo de hospitais e outros alvos proibidos, mas não estão preocupados com os
civis indefesos. Pelo contrário, instalam as bases de lançamento de rockets nas
zonas mais densamente povoadas e guardam as armas em escolas e mesquitas. Se
gerações de palestinianos tiverem de ser assim sacrificados, o Hamas acredita
que tal sacrifício é teologicamente justificado.
O que fica dito é elementar e indiscutível, mas há quem o
discuta—gente com viés. Pior que um fundamentalismo, só o fundamentalismo de sinal
oposto, que é o caso. Israel não terá tanta razão quanto diz e os palestianos
ainda têm menos. A sua acção é intolerável e repugnante.
Inesperadamente, há
gente que se diz civilizada, democrática, prenhe de ética republicana e rebabá
que acha bem, defende os terroristas e condena Israel. Há pachorra? Não há.
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