António Costa
declarou este Sábado—URBI ET ORBI—que "pretende governar com maioria absoluta
por considerar que isso é do interesse nacional".
Mas Costa gosta de deixar as coisas claras e explicou-nos
porquê: "O PS pretende governar com uma maioria absoluta porque é
necessário estabilidade para criar um Governo forte que permita fazer a mudança
que é necessário fazer". Aí está—explicado em prosa camiliana cristalina—porque
Costa quer a maioria absoluta.
Mas Costa não poupa nos esclarecimentos e diz mais: "Gosto
pouco de deixar tabus e gosto pouco que este tempo seja tempo de tabus. Há uma
coisa que gostaria de deixar muito clara: a maioria absoluta é mesmo de interesse
nacional, porque aquilo que é pedido ao PS é que o PS seja alternativa ao
actual Governo. Para sermos alternativa ao atual Governo não poderemos ser
Governo com quem faz parte do actual Governo". Ou seja, esclareço eu para
fazer as coisas ainda mais claras: Costa não gosta de tabus, nem deste tempo de
tabus, e deixa claro que a maioria absoluta é mesmo necessária—himalaiamente
necessária, acrescento, se me é permitido por Costa—uma vez que não pode ser Governo
com quem faz parte do actual Governo, dado que é pedido ao PS para ser
alternativa ao actual Governo e a mãe
do caçador era também o pai do cão.
Costa não é gago mas podia ser porque quem fala assim
arrasa toda a barreira com a profundidade
da ideia. Um crânio com passado escondido do holofote da opinião pública. Um
inspirado só agora revelado. Um Sebastião. Mamma mia! Que mais irá me acontecer?
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