[...] É este o mistério de Ricardo Salgado. Segundo consta, andava de Mercedes, passava as férias na Comporta com Marcelo Rebelo de Sousa, talvez fosse de quando em quando a Nova Iorque e a Paris, mas não se lhe conhece a menor extravagância ou o menor vício. Os vinte anos de glória do “Dono disto tudo” são anos de funcionário, que se consolava com a ideia imaginária do poder. Para quê, então, os riscos sem nome que tomou? Para quê a arrogância vácua que ele pessoalmente gostava de exibir? Suspeito porque, no fundo, ele não tinha mais nada na cabeça.
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