"Se a situação financeira de Portugal é de emergência, a da Grécia é de calamidade. A taxa de 69% da dívida grega é apenas um sintoma absurdo disso mesmo. Começa a desenhar-se o cenário de que o país não pague mesmo parte das suas dívidas aos credores, o que era impensável. Esse cenário, para a Grécia, é quase tão fatal como a saída do euro, embora tenha menos risco para o resto da Europa.
Para Portugal, o importante é fugir do efeito de sucção que esse trágico acontecimento grego terá, se vier a confirmar-se. E isso passa pelo cumprimento ao cêntimo do plano da "troika". Daí a obsessão do cumprimento do défice orçamental deste ano, custe o que custar, em cortes de despesa e em impostos. E bem que está a custar."
Pedro S. Guerreiro in “Correio da Manhã”
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