Há portugueses que, terminadas as férias no Algarve, accionam as companhias de seguros, alegando que têm o carro avariado, pedindo o reboque até à área da residência e transporte de regresso de táxi. Poupam assim o combustível da viagem e o pagamento de portagens.
Trata-se, indubitavelmente, de acção desonesta e criticável, mesmo considerando que estão em causa as seguradoras, muitas vezes também com comportamentos de que os segurados têm razão de queixa. Mas o que espanta é a imaginação dos prevaricadores. É preciso uma boa dose para usar tal recurso.
Uns terão partido já com o propósito de usar o esquema no regresso, isto é, de forma premeditada. Outros terão recebido a inspiração face ao provável facto de terem excedido o orçamento durante as férias. Em qualquer dos casos, o fenómeno não deixa muito bem no retrato a nossa sociedade. Pena que tanta criatividade não seja canalizada para iniciativas diferentes capazes de ajudar o País a sair da crise.
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