.
Até há algum tempo, o homem poluía a terra, os rios, os oceanos e o ar. Primeiro fazia-o displicentemente, sem pensar sequer nas consequências. Depois, viu que a capacidade da Terra absorver o lixo que produzia era finita e percebeu que tinha de mudar de rumo. Constatou, então, que não era fácil. Tinha construído um estilo de vida pouco compatível com o respeito pelo ambiente que não era fácil inverter e, apesar do problema ser grave, continua alegremente a estragar o meio onde tem de viver.
Podemos pensar que devia tirar a lição para uso em futuras actividades, por exemplo no espaço sideral. Mas a tendência poluidora humana é insaciável e, também aí, foi além do admissível e está a criar uma situação que não vai ser capaz de solucionar. Por exemplo, em Janeiro de 2007, a destruição programada do satélite meteorológico chinês Fengyung deixou a flutuar no espaço e em órbita 3 mil fragmentos com mais de 10 centímetros de diâmetro e mais de 150 mil com mais de 1 centímetro.
Neste momento, o número de objectos inúteis em órbita, o chamado lixo espacial, é muito elevado, próximo de duas dezenas de milhares, constituindo grande perigo para as naves operacionais, tripuladas ou não, a viajar em volta da Terra.
Embora já tarde, era o momento de começar a acautelar tal poluição. Mas como os utilizadores do espaço são muitos e de diversas nacionalidades, a tarefa não é simples. Iremos caminhar até ao ponto de assistirmos a graves acidentes no espaço por manifesta negligência na sua prevenção? Se sim, é caso para dizer que o homem não aprende com os seus erros, o que é trágico.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário